Do Blog da Noelia Brito
Em meio à polêmica denúncia de artistas pernambucanos, envolvendo a EMPETUR de que servidores e empresários cobrariam comissões de até 50% dos caches de artistas para que esses sejam contratados pela entidade para shows em eventos públicos, vem à tona a notícia de que a 4ª Promotoria de Defesa da Cidadania de Olinda, cidade onde fica a sede da EMPETUR, ajuizou a AÇÃO DE IMPROBIDADE Nº 0002645-45.2016.8.17.2990 contra vários deputados, servidores estaduais e donos de produtoras por causa do chamado escândalo dos “shows fantasmas” contratados por meio de “ementadas parlamentares”.
O Blog da Noelia Brito teve acesso à íntegra da petição inicial e aos documentos que instruem a ação civil pública assinada pela Promotora de Justiça Ana Maria Sampaio Barros de Carvalho, que pede a quebra de sigilo fiscal e bancário dos envolvidos e o bloqueio de contas bancárias.
A emenda de Diogo
Num dos trechos das Ação de Improbidade nº 0002645-45.2016.8.17.2990, cujo ajuizamento revelou, mais cedo, em primeira mão (Veja AQUI), o MPPE chama a atenção para o fato de que uma Emenda Parlamentar do deputado socialista Diogo Moraes, no valor de R$ 150 mil, financiou um show da Banda “Garota Safada”, do cantor Wesley Safadão, num evento privado, a “Vaquejada do Amigos”, realizada dentro da fazenda Santa Helena, em Água Preta, de propriedade do prefeito do Município, que é pai do deputado João Fernando Coutinho. Segundo o MPPE, o evento tinha por finalidade promover o deputado João Fernando Coutinho, do PSB, que é apontado na petição inicial como aquele que tinha uma enorme “interferência” na EMPETUR.
Mas a festança particular custou muito mais aos cofres públicos. Segundo o Ministério Público, a “Vaquejada doa Amigos” ainda contou com uma Emenda Parlamentar de R$ 95 mil do deputado Clodoaldo Magalhães, também do PSB: